Entre canais, tulipas e cervejas (Parte 3)

Aqui descrevo a parte final do que vivi em Amsterdã. Visitei museus, fiz piquenique no parque de novo, visitei a primeira fábrica da Heineken e uma microcervejaria que fica dentro de um moinho, e tive a minha primeira vez num coffeeshop!

Dia 9 – 08/05: Do rolé cultural a experiência nos coffeeshops

Quando vc está mochilando, é muito fácil fazer amizades, em qualquer lugar. Nesse dia, tomando banho, duas brasileiras estavam conversando. Vivian, que chegou depois, me chamou pra saber em qual cabine eu estava. As outras duas ouviram o português, e disse a palavra mágica para iniciar a amizade: ‘Brasileiras?’ E ali nasceu a conversa, entre as cabines do chuveiro, sem nunca termos nos visto! Depois nos encontramos no café da manhã e fomos devidamente apresentadas!
O famoso letreiro na Museum Square, em frente ao Rijksmuseum
Fomos andando para o Museum Square, passando por baixo do Rijksmuseum. Ali tem uma banda muito boa, que fica tocando vários sucessos. Fique ali os escutando um pouco, vale a pena. Tiramos foto no famoso letreiro que fica em frente ao Rijks. Depois adentramos o museu. DICA: A fila é gigantesca! Compre o ingresso online ou no seu hostel. O museu é gigante, o que pra mim foi cansativo. Não sei se voltaria. Mas o seu acervo é bem variado.
Ala do acervo especial do Rijks

Biblioteca do Rikjs, que está em funcionamento até hoje
Do Rijks, passamos no mercado para comprar o nosso almoço. A ideia era fazer um piquenique no Vondelpark. Levamos as nossas sacolinhas, sentamos no gramado e almoçamos observando o movimento. Tinham crianças brincando, bicicletas (duh!), adultos correndo, pessoas levando seus bichos para passear e a massa de turistas. O parque é bem grande, andamos boa parte dele. Perto do lago, tem uma cafeteria. Sentamos um pouco lá pra relaxar, mas como sempre, sem consumir.
Vondelpark
Dali, fomos fazer o Heineken Experience. DICA: Compre o ingresso online, é mais barato que comprado na hora. A Vivian disse que é bem parecido com o passeio da Bohemia, mas nunca fiz esse último. É bem turístico, apenas algumas demonstrações, mas tem uns brinquedos legais. Te ensinam como tirar um chope e a forma adequada de se beber. No final, vc cai numa espécie de boate, com música e luzinhas...rsrs. Você acaba ganhando três chopes: um na demonstração da chopeira e dois na pulseira que vc ganha no início do passeio (outra coisa que vc ganha é uma tulipa da marca, retirada na loja deles). Na hora de tirar o botão da pulseira, perdi um; mas os caras me deram os dois chopes assim mesmo. A Vivian acabou achando um no chão e o seu segundo foi a versão ‘zero grau’ (que é maior e consome dois botões da pulseira). Saímos de lá animadinhas.
Fazendo graça em frente a fábrica

No bar da Heineken

Uma pintura que tem mais a ver comigo...rsrs

Aí chegou a hora de eu cumprir o que havia prometido a Vivian e ela ficou me perturbando até esse momento: dividir um bolinho numa coffeeshop! Tivemos uma pequena dificuldade de achar o local que o amigo dela havia indicado (a minha navegação no mapa já estava comprometida, o gps do meu celular tinha ido pro saco), mas demos um jeitinho e achamos. A loja era até grande, e um pouco mais arejada que as outras que visitei no primeiro dia. Pedimos o fatídico bolinho (sabor chocolate), que custou a fortuna de 7,50 EUROS, que veio embalado à vácuo. Abrimos o saco e eu já fiquei tonta só com o cheiro...rs. Rachamos e colocamos pra dentro. Só senti o gosto característico do cheiro da cannabis, mas mais nada.
Voltamos andando para o hostel. Finalmente jantamos o que havíamos comprado no mercado no primeiro dia. Até aí o único efeito que senti foi o nariz dormente. Como já estava cansada, fui deitar e dormir. No meio da noite, acordei com vontade de fazer n°1. E quem disse que eu conseguia levantar! A minha pressão tava baixa demais; toda vez que tentava sentar, eu caía na cama de novo. Consegui ir ao banheiro, tentando disfarçar a minha desorientação, já que o corredor tava cheio de gente. No banheiro, minha pressão caiu de novo e quase desmaiei trancada! Ainda bem que consegui passar por essa ilesa, e dormi sem mais intercorrências.

Custos:
Rijksmuseum: EUR17,50
Mercado: EUR4,15
Banheiro: EUR0,30
Heineken Experience: EUR16
Bolinho: EUR3,75

Dia 10 – 09/05: Encontro com Van Gogh

Sabe quando tu acorda de ressaca? Então, nesse dia acordei com uma sede de 10 camelos, mais o gosto rançoso de maconha na boca. L Definitivamente, drogas além do álcool não é pra mim! Fizemos o checkout do hostel, guardamos as mochilas e partiu rua.
Fomos à ferinha localizada na Albert Cuyp. DICA: Horário de funcionamento da feira: segunda a sábado, das 9 às 14hs. Lá vc poderá encontrar stroopwaffle de todos os tipos, biscoitos, sanduíches...se joga na gula e vá ser feliz. Também são vendidos outros itens, como roupas e calçados, mas só a comida me interessou.
Dali, voltamos à Museum Square, em direção ao Museu Van Gogh. Já havíamos comprado o ingresso no hostel, mas mesmo assim a fila é gigantesca. Prepare-se, vc vai ficar mofando na fila! O museu é bastante interessante, com um acervo de suas obras e de pintores que o inspiraram. Se eu indicasse algum museu pra visitar Amsterdã, seria este.
Experimentando a Columbus, na Brouwerij TJ
Dali, passamos de novo na Rembrandtplein para ir à loja da Heineken e pegar a nosso brinde (uma mini tulipa da marca). Eu achei tudo caro, então não comprei mais nada. Aproveitamos e almoçamos: uma promoção do Burger king de um euro, mais um croquete do Febo para nos despedirmos de Amsterdã. Partimos então para o Gooyer Windmill, o único moinho localizado dentro da cidade de Amsterdã. É um pouco longe do centro histórico, mas a caminhada é muito possível. Lá vc encontrará a sede de um microcervejaria local, a Brouwerij TJ. Se jogue nas cervejas! A minha favorita foi a Columbus.
Cervejaria no moinho, dentro da cidade de Amsterdã
No caminho de volta ao hostel, passamos no mercado para comprar a janta, uma sopinha de cogumelos bem gostosinha. Desenrolamos com a atendente para deixar-nos tomar banho e usar o micro-ondas, já que dali iríamos para a rodoviária. Um pouco de conversa, e conseguimos! Dali pegamos o metrô (primeira vez que usamos o transporte dentro da cidade) para a rodoviária, pegar o ônibus para Berlim. Preferimos ir de ônibus ao invés de trem por ser mais barato, e por economizarmos a diária do hostel. Seriam umas 11 horas de viagem até a capital alemã.

Custos:
Stroopwaffle na Albert Cuyp: EUR1,50
Museu van Gogh: EUR17
Almoço: EUR2,60 (1 euro do BK + 1,60 euro do croquete)
Cerveja Columbus: EUR2,90
Mercado: EUR2,50
Metrô: EUR2,90
Ônibus para Berlim (Eurolines): EUR33

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