Nobres, o primo menos famoso de Bonito

Nobres, é um local ainda pouco explorado pelo turismo. Conhecido pelos rios de águas super cristalinas e vida aquática abundante, os passeios mais escolhidos são as flutuações. Todas as atrações de interesse ficam localizadas no distrito de Bom Jardim (a 65 km da sede do município, em estrada de terra), sendo esse vilarejo o melhor local para se montar a base. Então, para fecharmos o raciocínio, o local a ser visitado mesmo é Bom Jardim, não precisando passar nem na sede do município de Nobres.
Aquário Encantado
Da Chapada dos Guimarães para o distrito de Bom Jardim, pega-se a BR-251, virando à direita no trevo para o Lago Manso, para pegar a MT-351. Depois de 45 m, no trevo para o Morro do Chapéu/Lago Manso, seguir em frente (placa de Furnas-Proman). Mais 12 km, aparecerá a placa Bom Jardim.
Araras comendo buriti
Fiz esse percurso à noite, logo após o passeio da Cidade de Pedra na chapada. A estrada escura, mais combinação de buracos imensos, fez com que o pneu amassasse. Resultado: parar no acostamento e trocar o pneu. A sorte é que estava sendo acompanhado por um dos caras do grupo da Márcia e trocou o pneu do carro. O resto do caminho foi sem intercorrências. 
Balneário estivado, centro de lazer dentro do vilarejo
O vilarejo é muito pequeno. Deve ter apenas uns 5 quarteirões, de um lado apenas da estrada. Foi fácil achar a pousada Bom Jardim. Após checkin, comi uma pizza na única pizzaria aberta e depois partiu cama.
Micos próximos ao balneário estivado

Dia seguinte, começamos os passeios de flutuação. Existem vários por lá, mas escolhi apenas um, a do Reino encantado. Ali, você visita primeiramente a nascente do rio Salobra. Depois, segue ria abaixo flutuando no colete salva-vidas. Não pode colocar o pé no chão, para proteger a vida marinha, e o risco de acertar uma das raias que habitam o local. 
Reino encantado
A água brotando no fundo
A clareza da água!
Seguimos para o Aquário Encantado, que era ali perto. Também tem o passeio de flutuação, mas preferi ir apenas no aquário. Um trator, o fulequinho, nos leva da recepção até o aquário, que é uma 'piscina' natural bem grande, com muitos peixes e água azul-turqueza.
O transporte até o aquário encantado
Contraste entre a superfície e o fundo do poço
Fundo do aquário encantado
O último passeio desse dia foi o boia cross no duto do Quebó. Aqui, desci numa boia rio abaixo, com uma velocidade razoável. Usava o remo para desviar das pedras e galhos no meio do caminho. O mais interessante foi passar por dentro de uma caverna, com direito a muitos morcegos! Voltei a cidade com fome de 10 mendigos. O almojanta foi num restaurante na beira da estrada, com uma picanha servida na pedra.
Descendo o rio
O duto do quebó!
O último dia do feriadão foi na fazenda da Cachoeira da Serra Azul. Essa cachoeira é conhecida pela água de cor azul. Nesse dia, devido à chuva na nascente, ela não estava tão clara, mas mesmo assim foi bem bonito. Para finalizar, tirei foto de um casal de urubu-rei que estava no topo da cachoeira. 
Entrada da fazenda onde encontra-se a cachoeira
Cachoeira da Serra Azul
Urubu-rei
Depois do passeio, iniciei o retorno para casa. O voo de volta ao Rio era no dia seguinte pela manhã. Acabei dormindo em Cuiabá, no Hotel Brasil, um hotelzinho baratinho perto da rodoviária. Dei uma volta no centro da cidade e acabei comendo um podrão mesmo. Acordei cedo para devolver o carro na locadora, e aqui me estressei. Os caras cobraram lavagem dos bancos, acrescentado R$150,00 no custo total. Mas não adiantou eu argumentar (e brigar); tive que pagar, mesmo contra-gosto. Apesar desse infortúnio final, a viagem ao Mato Grosso foi ótima, abrindo o caminho para visitar as duas chapadas mais famosas do Brasil: Veadeiros (relato aqui) e Diamantina.
Ave que encontrei no meio da estrada
Casal de tucanos dando o ar da graça

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