La Paz é uma das cidades mais diferentes que já conheci. A cidade foi construída em um vale, de cara para o Illimani, que está sempre atraindo a sua atenção. Quando o espaço no vale acabou, começaram as construções nos morros em volta, dando origem ao El Alto. Hoje em dia, você anda pelas ruas e está cercado por paredões de mais casa. à noite é um espetáculo: várias luzinhas te abraçando... A cidade possui trânsito caótico. Ou você ama ou odeia. Eu prefiro ficar com o primeiro.
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La Paz, El Alto e o vulcão Illimani ao fundo |
Eu já escrevi um pouco sobre o que fazer em La Paz, a capital mais alta do mundo. Para quem ainda não leu, bastar acessar este
link. Abaixo, continuarei escrevendo sobre as outras coisas que fiz nesta cidade de tantos contrastes.
Dia 13 - 12/11: O hostel mais louco da América Latina
Antes de irmos para Copacabana, deixamos reservado o Wild Rover Hostel. Ele é uma rede de hostels, possuindo filiais em Cusco e Arquipa, no Peru. Eu já havia lido pessoas que recomendavam esse hostel, e decidimos passar uma noite lá para ver como era.
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O bar do Wild Rover |
Depois do passeio a Isla del Sol (o relato pode ser lido
aqui), decidimos retornar a La Paz mais cedo. Chegamos na cidade em torno das 16:00 e fomos direto para o hostel. Fizemos o checkin e fomos apresentados ao quarto, que possuía 20 camas. Assim que entramos, conhecemos o Adriano, brasileiro que estava com mais outros que conheceu no mochileiros. Ele nos disse que faria o Monte Chalcataya no dia seguinte, e decidimos ir com ele. Procuramos nas agências da rua, mas era mais caro do que tínhamos visto no centro. Como também o tempo estava curto, fechamos com o menos caro e aceitamos a derrota de não pegar o mais barato sempre...rsrs
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Os brasileiros que conhecemos na nossa primeira note no WR |
Comemos um burrito num restaurante ali perto e voltamos para o hostel, onde passamos o resto da noite no bar. Aqui vale um capítulo à parte. Este foi um dos bares mais animados (e louco!) que já conheci. Ele possui o clássico happy hour, dividido em dois: um para cerveja e outro para drinks. às 22:00, toda a noite, tocava a música tema de que o DJ iniciaria as suas atividades; as luzes baixavam, o som aumentava e todo mundo começava a dançar. Daí em diante, eram servidas rodadas de shot for free, e os bartenders convidavam a todos a subirem no bar...
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Nem preciso dizer que acabei subindo no bar...rs |
Então, daí em diante, ficamos todas as nossas noites em La Paz nesse hostel. Vimos um jogo do Brasil e Argentina ali, vi o noticiário do ataque terrorista na França (um choque no meio da viagem), além de muitos happy hour e shots. Ah sim, até bolo de aniversário rolou em uma noite...
Dia 14 - 13:11: O mirador mais alto do mundo
Acordar nesse dia foi um pouco difícil, tendo em vista a noite anterior no bar...rsss. Depois do banho e do café da manhã, voltei a ser uma pessoa novamente. Encontramos o resto dos brasileiros, que também estavam esperando a van vir buscá-los. Acabamos não indo no mesmo carro, mas nos encontraríamos lá.
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Parada na estrada para apreciar o Huayna Potosi |
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O precipício da estrada, tirada da janela do ônibus |
Chalcataya foi a estação desqui mais alta do mundo. Com o aquecimento global, a neve foi acabando e acabou sendo fechada. Hoje, as pessoas o visitam apenas para conhecer aquelas montanhas, sendo conhecido com o mirador mais alto do mundo. A estrada que vai para lá tem uma vista impressionante do Huayna Potosi, o que foi aumentando ainda mais a nossa ansiedade de subir aquela montanha.
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O antigo centro andino da Bolívia |
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Abrigo abandonado na subida do Chalcataya |
Paramos em um mirante para tirar foto do vale e do Huayna Potosi, e logo seguimos viagem. Subimos por uma estrada bem estreita, com o precipício na nossa cola. Os mais sensíveis, é melhor não olhar pela janela. Consegui-se chegar de carro bem perto do cume, a 5200msnm. O resto, caminha-se por uma trilha bem fácil até o seu cume, a 5400msnm.
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Subindo |
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Os vales em volta |
Foi interessante para ver como o nosso corpo iria se comportar na altitude, e já calibrando o nosso ritmo de caminhada. Mas não iria nos preparar de fato para o que viria nos 5 dias seguintes, na Travessia Condoriri-Huayna Potosi (que já contei a história nesses links:
parte 1,
parte 2 e
parte 3).
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'Conquistando' o cume do Chalcataya |
Quando estávamos descendo o Chalcataya, encontramos os brasileiros. Fizemos a festa de sempre e batemos a foto oficial do grupo! hehe. Depois, cada um seguiu o seu rumo e iríamos nos comunicar apenas por whatsapp dali em diante.
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Brasileiros in Chalcataya |
O tour seguiria para o Vale de la Lunna, mas não quisemos fazer esse passeio, afinal já tínhamos conhecido o do Atacama, que era bem mais interessante. Voltamos para a cidade, onde almoçamos um dos vários chifas espalhados pela cidade. Chifa é o yakissoba boliviano.
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Pelas ruas de La Paz |
O resto dia passamos no hostel, arrumando as coisas para a travessia. Apenas saímos para ir ao mercado comprar os suprimentos que faltavam. O resto da noite foi no bar, mas dessa vez encerramos cedo pois teríamos que acordar cedo no dia seguinte...
(Continua...)
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