Ibitipocando no Festival de Blues

Toda vez que vejo anúncio de festival em alguma cidade, eu tenho vontade de ir. Não sei o porquê, já que normalmente as cidades ficam lotadas, os preços mais caros e o atendimento cai, fórmula perfeita para perrengue, mas surge essa vontade.
A famosa janela do céu de Ibitipoca
E assim foi com o festival de Blues de Ibitipoca. Quando decidi ir em 2015, as pousadas que estavam disponíveis eram absurdamente caras; consegui um camping (o Céu de Estrelas: ibitipocaceu@hotmail.com) afastado um km do centrinho, que me serviu muito bem.

Dia 01: Reconhecimento de Ibitipoca

Na sexta-feira, saí na hora do almoço do trabalho e peguei logo a estrada. Os 30km finais, entre Lima Duarte e Conceição do Ibitipoca, são de estrada de terra, o que pode ficar bem chatinho de passar se tiver chovido. Cheguei no camping era umas 19 hs. Arrumei a barraca, tomei banho e parti para a cidade.

O festival de Blues acontece no Camping do Ibitilua, bem no centro da cidade. O ingresso custava R$150,00 por dia, e logo desisti. Mas consegui explorar um pouco o local! Fui entrando e passando pelos palcos, que ainda estavam sendo montados.
Tirando onda na montagem do Festival de Blues
No centro comercial ali do centro, tem vários restaurantes e um palco com música ao vivo. Achei um restaurante que servia uns caldos deliciosos e uma pinga com mel maravilhosa. Jantei ali as duas noites do fim de semana. Depois voltei para a barraca e descansei o resto da noite.
A sopa de ervilha caiu muito bem no friozinho

Dia 02: Circuito da Janela do Céu

Acordei cedo e subi a pé a estrada para a entrada do Parque Estadual de Ibitipoca. Tinha medo de não conseguir vaga para estacionar o carro e entrada para o parque, já que eles limitam a entrada de pessoas por dia. 
O Mirante do Cruzeiro, antes que as nuvens tomassem o lugar
Paga a entrada do parque, é só seguir as placas em direção ao lugar que você quer visitar. O escolhido foi o circuito da Janela do Céu, a principal atração dali, e também o mais longo (7,2km o trecho).
Visitando uma das grutas
Fui caminhando com calma, visitando as diversas grutas que tem no circuito. De repente, uma neblina bem densa tomou conta do parque, não conseguindo ver mais nada. Infelizmente, quando cheguei na janela, tudo estava encoberto... :(
Sinalização da trilha, levando para a janela do céu
Mas mesmo assim, o local estava lotado de pessoas, brigando por um cantinho para tirar foto na 'janela', o que é extremamente perigoso, já que ali é um precipício! Inclusive, já houve relatos de pessoas que caíram ali. Para completar, ainda presenciei um pedido de casamento...
Janela do céu, toda encoberta pela neblina
Terminei o circuito pelo outro lado, emendando com uma parte do circuito das águas. Como estava uma friaquinha, não tomei banho. Terminei o passeio na lanchonete do parque, comendo um bolinho de aipim com carne seca e cerveja bem gelada, ao som de jazz de um cantor que se apresentava ali!
Continuando pelo circuito das águas, só aproveitando a paisagem mesmo
À noite, repeti o mesmo restaurante da noite anterior, tomando sopa de ervilha e pinga com mel. Perguntei se eles vendiam a pinga, e indicaram uma outra lojinha ali do centro comercial. O cara que me atendeu foi tão simpático que ainda me deu um copo de shot...:) Fim de noite chegou e fui me retirar, pois afinal a caminhada foi longa e as pingas muitas...

Dia 03: Circuito da Janela do Céu, a revanche

Último dia em Ibitipoca, eu tinha reservado para fazer o circuito do Morro da Igreja e finalizar o Circuito das águas. Contudo, o dia amanheceu lindo, sem nenhuma nuvem no céu. Então, tive que repetir a janela do céu!
Janela do céu, com o dia aberto!

O rio da janela do céu
A ideia foi seguir a trilha direto para janela e aproveitar que as pessoas ainda estariam dormindo e tentar pegá-la mais vazia. E a tática deu certo! Tinha apenas um casal lá quando eu cheguei, o que deu para curtir o lugar na paz, como deveria ser feito.
Uma gruta no final do circuito das águas
Final do circuito das águas, onde o galerão toma banho
Depois segui para finalizar o circuito das águas. Por fim, almocei no restaurante do parque e peguei a estrada rumo ao Rio, com mais uma aventura concluída e um lugar interessante a ser explorado novamente.

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