Bratislava é a capital da Eslováquia. Lembram da Tchecoslováquia? Então, é o outro lado do rio Danúbio, sendo mais perto de Viena do que de Praga. Lá é bem bonitinha, com o centro histórico bem preservado. O castelo foi reconstruído algumas vezes. Os jovens falam inglês tranquilamente. Comida e cerveja boa e barata!
A cidade vista do Castelo de Bratislava |
Dia 20 – 19/05
Madrugo esse dia, pois meu ônibus ia sair 7:50. Tive que
pedir para abrirem a cozinha do hostel e pegar o meu café da manhã. Cheguei com
antecedência e fique na barraquinha esperando. O tempo foi passando, quase na
hora do ônibus sair e nada dele aparecer. Faltando cinco minutos, resolvi ir
nos caixas e perguntar. Descobri que o ônibus para Bratislava sai no ponto do
LADO da rodoviária. Saio correndo para pega o busão, e sou a última a entrar.
Ufa! Quase perdi de bobeira.
Chegando ao Castelo de Devín |
A viagem foi tranquila, dormi mais do que qualquer outra
coisa. A rodoviária é meio sinistra, debaixo de um viaduto. Mas é só a
aparência, me senti bem segura lá. Tinha um quiosque de atendimento ao turista.
Perguntei onde ficava um locker. DICA:
Existe um guarda-bagagem no porto, que fica há uns 15 minutos a pé dessa
rodoviária. Também perguntei quais os ônibus eu poderia pegar para ir ao
Castelo de Devín, motivo definitivo da minha ida a Bratislava.
Estátua nos jardins do castelo |
Visão de uma das alas do castelo |
Depois de deixar a mochila no porto, fui pra rodoviária
pegar o busão. Em teoria, sairia a cada meia hora. Mas no final esperei quase
uma! Encontrei um casal inglês no ponto, tinham uns 50 anos e me ‘adotaram’.
Chegou uma hora que fui perguntar de novo à menina do quiosque. Ela olhou a
hora e me apontou o ponto que fica na rua principal, que passaria dali uns 10
minutos. E ela acertou! Esse ônibus não deixa em frente ao castelo, e sim na
estrada, mas só foi uns 15 minutos de trilha.
Encontro dos rios Morava e Danúbio |
O castelo possui uns 800 anos de existência. Tem um trabalho
de arqueologia, com peças bem antigas que são expostas num museu ali tb. As
ruínas são bem legais, e a vista melhor ainda. Fica na interseção entre o rio Morava e o Danúbio, o que o fazia bem estratégico militarmente. Na entrada, tem umas
barraquinhas com pessoas vestidas com roupas medievais, que te ensinam algumas
coisas daquela época, como atirar de arco e flecha! Para lembrancinha, achei
mais barato na pracinha do centro histórico.
Passeando pelo castelo |
As tendinhas com os atores oferecendo experiências medievais |
Voltei para o ponto na estrada e esperei uns 30 minutos. De
volta à cidade, peguei o meu mapinha do centro histórico. Comecei pelo castelo
de Bratislava, mas não entrei; fiquei ali no entorno, onde tem uma bela vista
do restaurante que apelidei de disco voador. Dali desci, e procurei um
restaurante para o almoço. Peguei um prato típico de lá, um tipo de nhoque com queijo de
cabra e bacon (bryndzove halusky),
mais uma cerveja eslovaca para não perder o costume.
Vista do castelo para a ponte Novy Most e o 'ovni' |
O bryndzove halusky e cerveja eslovaca Zlaty Bazant |
Me perdi pelas ruelas, procurei as estátuas famosas
espalhadas por ali. Andei pra fora da parte histórica em direção ao palácio do
governo, que é bem pequeno. Mais distante um pouco, tem o monumento que se
encontram os soldados soviéticos enterrados, o Slavin. O casal inglês foi lá e se
emocionou. Eu acabei ‘esquecendo’ de ir.
Man at work, uma das estátuas espalhadas pela cidade |
Me perdendo pelas ruelas da cidade velha |
Por fim, o último ponto que queria conhecer era a Igreja
Azul. Vá! É muito fofinha e a primeira igreja azul que vi na vida. Depois
fiquei de bobeira pela cidade. Curti um tempo na beira do rio, depois uma
musiquinha na praça. A minha passagem por lá foi bem agradável, e bom para
desacelerar do ritmo frenético de turistar. Se tiver tempo sobrando, vale a
pena passar o dia lá. Como estava mais devagar, fui devagarinho pra rodoviária.
Faltavam uns 15 minutos pro busao partir. Quando cheguei lá, não achei meu
ônibus, o que era estranho. Fui no quiosque de informação turística, mas já
tava fechado. Comecei a me preocupar. Parei um rapaz e mostrei o meu ticket do
ônibus. Ele me falou que era na OUTRA rodoviária e qual ônibus passava lá. Ele
disse que uns 10 minutos eu chegava...
Palácio do governo |
Praça de armas na Cidade Velha. Ao fundo, a antiga prefeitura |
Fui pro ponto de ônibus. Pelos horários que ficam expostos,
ele deveria chegar em 1 minuto; o outro só dali a 10. Não podia perder o que
tava chegando, por sinal foi pontual. Tentei comprar o ticket do busão, na
máquina ali fora. Só são vendidos os tickets nas máquinas dos pontos; não
dentro do ônibus. Mas Murphy tava do meu lado, e tinha uma FAMÍLIA tentando
comprar o ticket! E óbvio que eles não sabiam como...Meu ônibus chegou e subi
sem ticket mesmo. Fui rezando pra não entrar fiscal até a rodoviária, afinal
Deus protege os perdidos. Rsrs. Consegui chegar faltando 2 minutos para o
ônibus sair! Hehehe. Mas ele acabou se atrasando...
A igreja Azul |
Lá encontrei o canadense de Viena, que acabou decidindo na
hora passar em Bratislava e seguir para Budapeste. Ele conseguiu comprar o
ticket na hora, então fica a dica. Vi o pôr-do-sol na estrada e depois dormi.
Cheguei em Budapeste uma hora antes do previsto, às 22:30. Como o Eli tinha me
dado uns tickets de metrô, dei um pro canadense e fomos juntos pra cidade. DICA: Budapeste tem fiscalização sinistra
dos tickets de metrô (não sei o ônibus, já que não peguei); fui fiscalizada
tanto na entrada como na saída, então comprem e validem os tickets!
Eu saí na estação do metrô que é da estação de trem! Ela é
bem antiga e os arredores não muito amigáveis. Eu segui as orientações da
reserva do hostel. Depois de caminhas uns 10 minutos, chego ao meu destino. Um
prédio da época soviética, nada reformado e sem luz e elevador! Toquei o
interfone e a menina não achou a minha reserva! Ela pediu pra eu subir. Uns
corredores sinistros, a galera do hostel mais sinistra ainda, tudo bêbado. Aí
ela falou que eu tava no outro hostel da rede, a uns 10 minutos dali caminhando.
Me deu um mapa e continuei a minha jornada.
Cheguei no Carpe
Noctem Vitae; interfonei e mandaram eu subir. De novo, sem elevador, mas
pelo menos havia uma iluminação. Tive que subir até o último andar! Um cara sem
camisa me recebe, dizendo que era do staff. Tudo meio velho, meio sujo. Mostrou
o meu quarto e já queria o pagamento. Falei que ainda não tinha feito câmbio.
Ele me pediu o passaporte e guardou até o dia seguinte. Usei o wifi e tinha uma
mensagem do Harry. Falei que tinha acabado de chegar e iria dormir; no dia
seguinte a gente tentava se encontrar. Fui de banho e cama, porque atravessar
três países em um dia só é cansativo...
Custos:
Bus para Bratislava (Eurolines) EUR7,50
Locker EUR1,50
Ônibus para Castelo de Devin EUR0,90
Entrada Castelo de Devin EUR4
Almoço com cerveja EUR9
Bus para Budapeste (Eurolines) EUR5
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