A travessia petro-terê é uma das
mais famosas do Brasil, e quiçá a mais bonita! Classicamente, é realizada em
três dias, no sentido Petrópolis para Teresópolis. Contudo, pode-se fazer em
dois ou um dia, e no sentido inverso também. A melhor época é no inverno,
quando as chuvas são mais escassas e o perigo de raios, menor.
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Famoso pulinho, no cume da pedra do sino |
Eu realizei duas vezes essa
travessia: em setembro de 2012 e junho de 2014. Ambas por três dias, sentido
Petro-Terê, em grupo de 10 pessoas aproximadamente. Os dois pernoites são
realizados dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, podendo acampar ou
dormir dentro do abrigo (bivaque ou até beliche!). Por sinal, esse foi um dos
melhores abrigos em que fiquei. É possível usar a cozinha equipada e até tomar
banho quente (que é cobrado à parte)! Para quem quiser acampar e não tem
barraca, o parque aluga esse equipamento também.
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Mochilão, eu e o parque! |
Nas duas vezes, usei o serviço de
van para deixar na portaria de Petrópolis e regatar em Teresópolis. Uma outra
possibilidade é deixar o carro no estacionamento da sede de Teresópolis e pegar
um ônibus até Petrópolis. A sede de Petrópolis não possui estacionamento. Para
períodos de feriado, é importante fazer a reserva pelo site http://www.parnaso.tur.br/ingresso/.
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Iniciando os trabalhos |
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Meu amigo totem! |
Iniciamos a trilha para o Castelo
do Açu em torno das 9:00. Esse início é subida, mas leve por enquanto, com
proteção das árvores. Existem pontos de água por todo o percurso, não sendo
necessário carregar mais que um litro. Paramos na pedra do queijo e no ajax,
para comer e pegar mais água. Logo depois do Ajax, vinha a isabeloca, uma
subida íngreme (pirambeira) bem conhecida. Recentemente, o parque refez esse
trecho, mas não fui lá depois disso para me cerificar de como ficou. Depois
disso, mais ou menos uma hora depois se chega nos castelos do açu, um monte de
pedra empilhado que lembra uma casa. Normalmente, esse trecho é percorrido em
torno de 5 horas.
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Chegando no castelo |
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Por-do-sol no castelo do açu |
Segundo dia de caminhado, para
mim é o mais puxado. Vamos subindo e descendo vários morros, passando por lajes
de pedra, charques, até a chegado ao nosso destino do dia, a Pedra do Sino. São
umas seis horas de caminhada, passando por trechos temidos, como o elevador, o
corrimão e o cavalinho. Este último é um trepa-pedra, sendo importante o uso de
equipamento para quem não está acostumado a fazer esse tipo de atividade. Se
seu grupo caminha devagar, melhor sair mais cedo, para não ter que caminhar
durante a noite. É possível assistir ao pôr/nascer do sol da pedra do sino e da
pedra da baleia, muito facilmente alcançáveis a partir do abrigo.
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Segundo dia de trilha, visualizando o garrafão |
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Iniciando a subida do elevador |
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Subindo o cavalinho |
Último dia da travessia, é o mais
fácil, apesar de longo. São 11 km de descida, em uma trilha pouco íngreme,
sendo percorrida em torno de 3 horas. Se quiser, dá pra acordar mais tarde,
curtir o lugar com calma e descer para almoçar em Teresópolis. Sempre que
sobrar um tempo, vale a pena voltar. Uma última dica: conforto é sinal de peso.
Então faça os cálculos direitinho da sua mochila, que se encaixe melhor na sua
relação de peso-conforto.
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Cume da Pedra do Sino |
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Amanhecer na Pedra da Baleia |
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