Essa foi a pergunta que eu mais ouvi quando dizia o lugar que eu passaria o carnaval de 2013. E de onde veio a ideia de ir para o Jalapão? Depois de ter passado um fim de 2012 meio tenebroso, minha primeira resolução de 2013 era viajar. Digitei no mochileiros.com “carnaval sem muvuca”, e apareceu algumas opções. A primeira que me chamou atenção foi essa do carnaval no jalapão. Já tinha uma galera conversando e que tinha fechado pacote com agência. Peguei os contatos e enviei os e-mails para ver valores. Também procurei os preços de passagens aéreas. Em dois dias já tinha decidido que iria!
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Percurso realizado em 4 dias |
O Jalapão é uma região de transição entre caatinga e cerrado, localizado no estado de Tocantins. Existem algumas agências em Palmas que fazem o pacote com transporte, hospedagem e alimentação para o circuito do jalapão. Outras até camping e ônibus ‘personalizado’ possuem. Se vc estiver acostumado a dirigir 4x4 e souber pilotar offroad com maestria, pode ir por conta própria. Caso não, contrate uma agência/guia. A chance de perrengue é bem alta e perder tempo de viagem porque se perdeu ou quebrou o carro por bobeira não é legal. Eu fechei o meu passeio com a Norte Tur, e recomendo muitíssimo! Vá e, de preferência, escolha o guia/dono Flávio. Foram quatro dias super maravilhosos, graças à atenção e à logística impecável do Flávio.
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O carro 4x4 que nos acompanhou a viagem toda |
Meu voo para Palmas saiu do Santos Dumont na sexta-feira antes do carnaval. Antes, convenci uns colegas do trabalho a fazer um happy hour para matar o tempo antes de embarcar. Acabou que eles me escoltaram até o aeroporto. Já meio altinha, fiquei o tempo todo no lado de fora. Quando percebi, meu voo já estava na última chamada, sendo eu a última a embarcar! Ufa! Quase perdi o voo de bobeira. Uma conexão rápida em Brasília, meia noite e meia estava pousando em Palmas. O Flávio já estava esperando, com uma plaquinha da empresa. O transfer in estava incluso no pacote contratado. Eu reservei o único hostel da cidade, onde mais duas meninas do grupo tb estavam hospedadas. Comecei ali a fazer a interagir com a galera.
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Amigos que se 'reconheceram' pela primeira vez nessa viagem |
No dia seguinte, meu café da manhã foi uma tapioca de uma barraquinha ali próxima. Depois, buscaram a gente para assinar o contrato na agência e dar outras informações. Ali, cada um se apresentou e foram divididos os três grupos. Interessante que tinha uma galera carioca, e todos falaram que estavam ali para fugir da bagunça do carnaval... Eu iria dividir o quarto com a Rosana, uma paulista que tb tava viajando sozinha. Entrei no mesmo carro que a das meninas do hostel, mas por questões de amizade, eu e a Rô acabamos mudando o carro, indo para o do Flávio. Foi a melhor coisa que aconteceu! Nesse momento conheci A Elen, o Dani, o Felipe, a Tati, o Adon e sua irmã, além de um casal de São Paulo. Foi amizade instantânea, que acabou resultando em outras viagens juntas depois.
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Primeira parada da viagem, onde provei o tambaqui |
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Praia do Borges |
Acabamos fazendo o circuito invertido, para fugir da muvuca. Na estrada em direção a Novo Acordo, no curto trecho de asfalto, encontramos uns ciclistas. A primeira parada foi paro o almoço, num restaurante à beira do rio. Aproveitei a minha primeira praia de rio, a Paria do Borges, apesar de ter quase sido levada pela correnteza... Também, foi a primeira vez que experimentei tambaqui, um peixe comum naquela região. Seguimos para o morro vermelho, onde conhecemos a mochileira, uma formação rochosa que lembra uma pessoa de mochila. No topo, temos uma visão geral de várias rochas de coloração vermelha, que não lembra em nada um lugar brasileiro. A última atração do dia foi o morro da capela, onde viríamos o pôr-do-sol. Chegamos lá nos últimos raios iluminando o morro, dando aquela coloração alaranjada que eu amo. Depois, foi só estrada até chegarmos em Mateiros, onde dormiríamos as duas próximas noites. O céu na estrada tava lindo, o mais estrelado que já vi! Na cidade, fomos jantar sem banho mesmo, pois já passavam das 22hs e a fome era negra.
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Indo para as dunas |
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Conhecendo Palmas |
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Na praia de Palmas. Cuidado com as piranhas! |
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