Só cume interessa: Pico Menor, Parque Estadual dos Três Picos

O Parque Estadual dos Três Picos (PETP) localiza-se na região serrana do Rio de Janeiro. O seu nome evoca os Três Picos de Friburgo, imponente conjunto de montanhas de granito, onde o Pico Maior é o ponto culminante de toda a Serra do Mar. com 2.366 metros de altitude.
Os três picos de friburgo
Visitei esse parque pela primeira vez em 2014, ficando um fim de semana apenas. Para chegar lá, siga a estrada Teresópolis-Nova Friburgo (RJ-130), entre a direita no Km 46 (antes do CEASA) nas placas SÃO LOURENÇO e BARRACÃO DOS MENDES. Siga na Direção São Lourenço e entre em SANTA CRUZ, também a direita, subir pela estrada de barro por volta de 4 KM. O tempo estimado do Rio de Janeiro é de 3 horas.

Ficamos no Abrigo Canto da Pedra, do Alexandre Portela, escalador super conhecido, responsável por abrir várias vias na região. Seu abrigo tem pouco tempo de construído, onde há um bivaque no segundo andar, bem grande. Há dois banheiros com água quente disponível. A cozinha também é liberada para a galera do abrigo.

Galera no abrigo, fazendo a macorronada

Saímos do Rio uma sexta à noite, chegando no abrigo mortos de fome. Partimos para fazer o clássico jantar da montanha: macarrão com linguiça! De barriga cheia, cada um escolheu seu cantinho para esticar o saco de dormir e nos retiramos.

Dia seguinte, acordamos cedo para iniciar a trilha do dia: o Pico Menor. Tomamos o café da manhã reforçado, oferecido pelo abrigo. Após o alongamento, iniciamos o caminho para trilha.
Placas na estrada indicando os diversos abrigos
Primeiramente, avançamos por um atalho, bem íngreme, para chegar ao vale dos Deuses e à portaria do parque (que na verdade é apenas uma porteira que leva ao camping). Só nesse percurso, levamos mais de uma hora e já estávamos cansados rsss. Seguimos pela trilha propriamente dita, sinalizada por plaquinhas.
Já na trilha, com o pico menor a esquerda
Continuamos a caminhada, atravessando rio, subidas íngremes, subidas com corda. O tempo foi passando e a expectativa de se atingir o cume foi ficando para trás. O grupo estava devagar e a janela de tempo para se chegar ao cume com tempo suficiente para voltar estava se fechando.

Chegamos a um mirante, onde o grupo se dividiu. A maioria preferiu ficar e curtir a vista. O resto, incluindo eu, seguiu pela trilha, na esperança de conseguir chegar ao cume em tempo. A trilha muda agora, sendo a maior parte em escalaminhada e 'escalada' de tufos de plantas. 

O mirante onde a galera se dividiu
Foram surgindo nuvens e o céu foi ficando cinza. Alcançamos o cume e aproveitamos rapidamente o que ainda tinha de vista aberta. Em menos de 5 minutos, tudo ficou fechado. Infelizmente, não tenho nenhuma foto do cume, sendo mais uma razão para eu voltar lá... ;) Iniciamos a jornada da descida, que foi demorada devido aos vários trechos de corda e escalaminhada.
Já chegando no cume, tudo fechado
Conseguimos estar de volta ao abrigo ainda de dia. Alguns foram tomar banho num rio ali perto. Eu preferi ficar na fila do banho quente e me alongar enquanto esperava, pois o corpo estava bastante dolorido. Ainda tinham uns bem dispostos, que foram buscar cerveja artesanal no Tartari. A nossa noite foi com pizza integral feito na lenha pelo Portela, cerveja do Tartari e vinho de alguém que não lembro mais o nomes...rsrs :)
A fila do banho na volta

O Portela fazendo as pizzas, com o forno a lenha ao fundo

Pizzaaaaaa
Depois, fui embalada para o soninho, pois o dia seguinte continuaria longo, para a Travessia Vale dos Deuses - Vale dos Frades, que contarei num próximo post...

Comentários