Só o cume interessa: Pico das Agulhas Negras

O pico das Agulhas Negras está localizado na parte alta do Parque Nacional de Itatiaia, sendo o ponto mais alto do estado do Rio de Janeiro, com 2790,94 metros de altitude. Saindo da capital fluminense, basta pegar a Dutra sentido São Paulo. Depois do pedágio de Itatiaia, pegar a saída para Itamonte (330A, em 2016). Chegando na garganta de registro, há várias lanchonetes, onde se pode aproveitar um bom pão de queijo. Desse ponto, pega-se a estrada à direita, que termina na entrada do parque. Esta é a BR mais alta do Brasil.
Agulhas Negras!
Recomenda-se fazer a reserva no site do parque. Com 30 dias de antecedência, tente reservar o abrigo ou o camping Rebouças. Chegue quando o parque estiver abrindo, às 7:00. Lembre-se que há um número restrito de visitantes para a trilha por dia. A duração é em média de 8 horas. Então, leve lanches e água o suficiente para esse período. E não tem jeito, é necessário noções e equipamentos de escalada para chegar ao cume. Procure um guia ou empresa especializado para embarcar nessa aventura. Eu fui com a Kmon Adventure.
Agulhas negras visto do camping
Eu tentei fazer essa trilha por três vezes: na primeira, uma chuva torrencial desabou e não consegui fazer nada; a segunda foi com sucesso; a terceira, não consegui chegar ao cume verdadeiro, pois o grupo estava muito devagar e não conseguiríamos retornar ainda de dia para o abrigo, caso continuássemos. Então, como lição do montanhismo: quem determinar se o cume será alcançado ou não é a montanha! Cabe a gente, ser prudente e ter em mente que a montanha sempre estará lá. Segurança sempre em primeiro lugar.
Na primeira vez, apenas chuva e frio!
Na segunda e terceira vez, apenas o frio! geada no início da manhã!
A trilha começa atrás do abrigo rebouças. Aqui é importante pegar água, se ainda não tiver. Eu gosto de levar 2 litros no meu camelback. De lanche, um sanduíche e castanhas, às vezes uma tangerina e chocolate amargo. Depois de uns 40 minutos de trilha, mais ou menos plana, começa a subida pelos rampões de pedra, que segue assim até o final, sempre escalaminhando. Existem dois trechos bem expostos. O primeiro, pode-se ser evitado, caso resolva escalar uma parede de uns 5m. O outro, é quase no cume falso, em que se anda numa parte estreita com um abismo, mas há lugar para apoiar a mão. Requer muito cuidado e atenção para passar esses trechos.
Início da trilha de verdade!

Pedra da coroa
As prateleiras, vista da trilha das agulhas negras


Subindo o primeiro trecho de escalada
 A fase final, continua subindo rampas de pedra. Pode-se fixar uma corda e fazer um 'corrimão' para facilitar a subida. Para se chegar ao cume verdadeiro, onde está o livro de assinatura, é necessário fazer um rapel, e depois escalar um outro trecho. Como estávamos em grupo, o guia preferiu montar uma tirolesa e agilizar a passada das pessoas. É muito legal atravessar aquele espaço vazio pendurada, a quase 2800 m de altura!
Subindo entre as pedras
Parte do corrimão

No cume 'falso', esperando a vez na tirolesa
Na tirolesa, experimentando 'o vazio'

O cume 'verdadeiro' e o livro de assinaturas
 A descida foi tranquila, apesar do cansaço já ter batido faz tempo. O finzinho da trilha já foi no escuro, e o caminha da estrada do abrigo até a entrada do parque foi interminável. Até apostamos corrida para espantar o tédio, mas não foi uma boa ideia...rsrs. Quando chegamos na portaria, levamos um leve esporro do guarda por ter passado da hora do retorno. Depois fui dormindo na van até chegar ao Rio...

'A pensadora'
Brincando de boulder enquanto esperava o resto da galera. Ao fundo, as agulhas
Suzana e a placa autoexplicativa rss

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