Transição entre Chile e Bolívia

Dia 10 - 09/11: Dia interminável em Uyuni

Acordo de madrugada num hotel esquisito de Calama, torcendo para ter disponível a passagem de volta para Uyuni. 

Em algum lugar entre Chile e Bolívia
Voltando umas horas, pegamos o ônibus em San Pedro do Atacama, rumo a Calama. A ideia na verdade era também comprar o trecho de Calama a Uyuni, mas a atendente disse que não ia ter o ônibus para aquele dia; depois falou que era para vermos na hora. Foi o que fizemos.
Bolivianos almoçando em Uyuni
Pedimos ao motorista para deixar-nos no ponto próximo à garagem do ônibus de Uyuni, onde teria um hotel para passarmos a noite. A Érika, que tinha voltado antes, estava nesse hotel, poque ele não tinha conseguido o ônibus no dia anterior. Negociamos o quarto duplo, e um desconto pelo café da manhã que não usaríamos. Sem forças para sair para comer, fui de biscoito mesmo e dormi algumas horas.
Trocando de ônibus na fronteira
Voltando ao presente, saímos do hotel 5:30, já que o ônibus sairia as 6:00. Em princípio, nenhuma movimentação, e uma apreensão começou a surgir. Mas não durou muito tempo, já apareceu o motorista que abriu a garagem. Esperamos os passageiros subirem para vemos se sobraria passagem. E por sorte, havia de sobra.
Salteña
Voltamos por Ollague, de onde dá pra ver o vulcão de mesmo nome. Fizemos os procedimentos de aduana e aguardamos o ônibus que iria para Bolívia. Aqui é interessante, porque trocamos de ônibus na fronteira, parece coisa de filme de imigrante ilegal...rsrs
Andando por Uyuni
Mais alguma horas, estávamos em Uyuni. Deixamos nossas mochilas na agência que compramos o Tour para o salar. Agora era a parte chata, ter que matar o tempo da hora do almoço até as 20:00, hora que o ônibus para La Paz sairia. Almoçamos num pé sujo demais, andamos diversas vezes pela cidade, tiramos fotos, comi salteña, tomamos cerveja, vimos a entrega de umas ambulâncias pelo governo, e o tempo não passava. Por fim, paramos num bar para usar o wifi. Tomei a cerveja de coca, que não tinha nada demais. 
Cerveja de coca
Finalmente chegou a hora de pegar o ônibus, que dessa vez tinha o luxo do banheiro! Mas o aquecedor não funcionou muito bem, entrando uns ventos gelados que me acordava de vez em quando...

Dia 11- 10/11: Dúvidas em La Paz

Chegamos em La Paz com o dia amanhecendo. A noite foi tranquila, já que havia  banheiro no busão. Mas foi esquisito ver algumas pessoas esperarem na estrada na madrugada para pegar o ônibus.

Plaza Murillo em la Paz
Pegamos um taxi do lado de fora da rodoviária e pedimos para nos levar no Loki hostel, que eu havia lido boas recomendações. Lá, o recepcionista se enrolou para nos dizer que havia vaga ou não. Enquanto ele decidia, eu aproveitei e tomei banho. Quando desci, o Rafael falou que o cara disse que não tinha vaga. Usando o wi-fi de lá, achamos vaga no Pirwa, que era perto dali. Mochilão nas costas, fomos caminhando por aquelas ruas desconhecidas.

Fizemos o check-in e deixamos as nossas mochilas. Fomos à rodoviária para ver a passagem para Copacabana. A ideia era ir nesse dia mesmo, mas como estava chuvoso, decidimos ir no dia seguinte. Aproveitaríamos para procurar uma agência para ver se seria possível fazer a travessia nos Andes.

Mirador Kili Kili, com El Alto ao fundo
Demos uma volta na cidade, passando pela Plaza Murillo, Mirador kili kili e Igreja de San Francisco. Ali já estávamos no centro de tudo. Subimos a calle Illampu, onde há bastante agências. Entramos em uma e perguntamos sobre o tour de 6 dias de travessia do Condoriri ao Huayna Potosi. Ele nos enrolou e não entendia nada de montanhismo. Agradecemos a atenção e saímos.

estádio de La Paz, visto de Kili Kili
Entramos em outra agência há poucos metros dali. Agora o atendente entendia de fato de montanhismo, falando dos equipamentos, guias, abrigos etc. Sentimos firmeza no que ele falava. Disse que era possível fazer o passeio em 5 dias, o que acabou reduzindo o custo e nos deu oportunidade de fazer mais alguma coisa em La Paz. Falamos da nossa preocupação com a chuva, mas ele falou que provavelmente no H. Potosi estaria o tempo melhor. Fechamos a saída para o dia 14/11, a 340USD com tudo incluso.
Torre da Igreja de São Francisco
Fomos almoçar. Achamos um restaurante com menu do dia bem barato. Foi servido uma carne com uma batata preta meio esquisita, mas sobrevivemos...rss. Nisso, começou a chover de novo. Quando acabamos o almoço, estava só chuviscando. Passamos na calle de las brujas e finalizamos o dia no teleférico, que comunica a cidade ao El Alto. Apesar de ser a forma de transporte deles, foi bem interessante, com uma ótima vista da cidade e do vulcão Illimani. 
Em El Alto, após subir de teleférico, com o Illimani ao fundo à direita
Voltamos para as bandas do hostel. Fomos para uma rua de pedestres, com várias lojas de roupa e lanchonetes. Tem uma rede de frangos fritos, como é comum no Peru, Bolivia e Chile. Paramos em um deles e pedimos hamburger de frango! Já jantados, compramos provisões para a viagem a Copacabana e fomos para o bar do hostel, onde tomamos uma Paceña e fomos dormir, porque o dia tinha sido longo...

Comentários