Torres del Paine - Percorrendo o Circuito W (Parte 2)

3º dia: Bate e volta ao Mirador Britânico, Acampamento Italiano ao Paine Grande

Logo depois do café, desmontamos a barraca, arrumamos as mochilas e deixamos com os guarda parques. Caminhamos em direção ao mirador britânico. A primeira parada foi no mirador para o glaciar del francês, uns 40 minutos a partir do acampamento italiano. O segundo mirador foi o do Vale Francês, que é surpreendentemente bonito. Depois, subimos até o mirador britânico, onde se tem uma visão magnífica do vale e das montanhas ao redor. A subida até o acampamento britânico está fechada.
Glaciar del frances

Vale francês

Mirador britânico
Voltamos para o italianos em torno das 14 hs. Lanchamos e pegamos as mochilas. Era hora de caminhamos em direção ao paine grande. Passamos pelo trecho da floresta queimado no incêndio anterior. Apesar do crime, havia uma beleza ímpar naquele lugar, entre os troncos prateados das árvores. Paramos num último mirador, onde era possível ver Los Cuernos e o lago.
Os troncos prateados e los cuernos
Me despedindo do los cuernos, rumo ao Paine Grande
No final da trilha para o Paine Grande, conhecemos o vento patagônico. Literalmente, ali era o lugar onde o vento fazia curva...kkkk. Precisei abaixar algumas vezes para não ser carregada pelo vento. Quando chegamos no Paine Grande, o vento continuava forte. Os lugares para a barraca protegidos pelo morro estavam bem cheios. Optamos pelo mais bonito, bem em frente ao Los Cuernos e Paine Grande. Após lutarmos contra o vento para montar a barraca, fomos ao mercado do refúgio para comprar vinho e requeijão, e depois banho. O jantar foi chique, com arroz com lentilhas e carne de soja, acompanhado do vinho. Dormimos muito bem, podendo ver as estrelas iluminando o céu...
O camping do Paine Grande
A nossa barraca montada no Paine Grande, de cara para o Los Cuernos
Total percorrido: 18,6 km
Tempo previsto: 7,5h
Pernoite: Acampamento Paine Grande

Dia 4: Bate e volta ao Glaciar Grey, pernoite no Paine Grande

O dia amanheceu lindo, com o céu super azul, que se refletia no lago Pehoe. Após tomarmos café e admirarmos a paisagem, partimos para o glaciar grey. Ainda lutávamos contra o vento, que continuava forte. A trilha fazia uma parábola, tendo que subir e descer, tanto na ida como na volta. O primeiro mirador foi na Laguna Los patos. Com duas horas de caminhada, podemos ver o Mirador do Glaciar Grey. O engraçado era ver ver os pequenos pedaços de gelo espalhados no lago.
Vista da varanda, para o Lago Pehoe!

Laguna los patos
Os gelos desprendidos no glaciar
Continuamos a caminhar, até chegarmos no refúgio Grey. Passa-se por ele até chegar ao mirador mais próximo ao glaciar. Ali, o vento era bem forte e gelado. Fizemos um lanche e curtimos a paisagem. Na volta, o cansaço bateu e o esforço foi maior que nos dias anteriores. Chegamos ao Paine Grande no fim do dia. Após banho, fomos ao mercado comprar mais uma caixa de vinho e cozinhamos a janta no abrigo. Finalizamos o nosso circuito com estrogonofe de frango e purê de batata. Foi um banquete, que impressionou até os gringos da mesa ao lado...rsrs. Terminamos a noite observando as milhares de estrelas...
O glaciar grey
Total percorrido: 22km
Tempo previsto: 6hs
Pernoite: Acampamento Paine Grande

Dia 5: Paine Grande a Puerto Natales

Nós resolvemos passar uma noite adicional no Paine Grande, o que aumentou em um dia a versão clássica do circuito W. Para aqueles que não tem tempo, basta acordar mais cedo no dia 4, fazer o bate e volta ao Grey e pegar o último catamarã, que sai em torno das 18 hs (confirmar no parque).
Esperando o catamarã
Como pegaríamos o barco somente às 12:30, levantamos devagar, tomamos café com calma e arrumamos as nossas coisas. Fomos nos despedindo daquela incrível experiência. Em torno do meio-dia fomos para a fila do catamarã, esperá-lo. Do outro lado, os ônibus de diversas companhias estão esperando para levar-nos de volta a Puerto Natales. Encontramos o nosso e esperamos ele partir.
Olha ele chegando...
Como imprevistos acontecem, o nosso ônibus quebrou no meio da estrada. Ficamos parados um bom tempo, até que o motorista saiu pedindo água para o pessoal. Fizemos a vaquinha, o motorista colocou a água arrecadada no busão e conseguimos continuar. Mais uma parada na estrada, para reabastecer a água do busão e conseguimos chegar em Puerto Natales.
O lago onde paramos para reabastecer o busão de água
Compramos a passagem para El Calafate para o dia seguinte e fomos fazer o checkin no mesmo hostel do início, o Tin House. Fizemos um almojanta na Picada de Carlitos, conhecido pelo seu churrasco. Contudo, acabei pedindo um ravioli de centolla (caranguejo gigante), que estava maravilhoso. Passamos no mercado para comprarmos mais Austral e voltamos para o hostel, onde curtiríamos as nossas últimas horas no Chile...
meu caneloni de centolla!

cerveja Austral! Quanta saudade dela....

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